Da Assessoria – 28 de agosto de 2023
Em um momento de celebração e reconhecimento, na última sexta-feira, 25, o Governo do Estado do Acre, por meio do Programa REM Acre – Fase II, coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), em parceria com a Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre), realizaram a solenidade de formatura de mais 9 agentes agroflorestais indígenas.
O curso de Agente Agroflorestal Indígena (AAFI) possui disciplinas de conhecimentos gerais como língua indígena, língua portuguesa, matemática, geografia, etc; e disciplinas técnicas como sistemas agroflorestais, ecologia, artes e ofícios, entre outras áreas de conhecimento adequadas para a realidade indígena.
Para a secretária extraordinária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, é importante reconhecer o trabalho realizado pelos AAFIs, “a formação dos agentes agroflorestais é uma continuidade do trabalho que eles já realizam em suas terras, eles fazem um papel importante para as florestas, então é importante reconhecer e fortalecer o trabalho dos AAFIs”, ressaltou.
O Programa REM Acre reconhece a importância dos povos originários e apoia, por meio da remuneração em forma de bolsas, mais de 145 agentes agroflorestais em 11 municípios, que implementam ações para a proteção dos territórios e garantia da segurança alimentar de seus povos, totalizando mais de R$ 3.2 milhões de reais desembolsados até 2023.
Para o agente agroflorestal recém-formado, Antônio de Carvalho Kaxinawá, morador da terra indígena Nova Olinda, em Feijó, os agentes agroflorestais indígenas merecem ser reconhecidos, “o agente agroflorestal trabalha dentro da comunidade, não deixamos invadir nosso território e levamos conhecimento para a nossa comunidade, então é importante reconhecer a categoria dos agentes agroflorestais”, destacou.
O Programa REM é fruto de cooperação financeira entre os governos do Acre, da Alemanha e Reino Unido, através do Ministério Federal de Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha (BMZ) e o Departamento de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido (DESNZ), por meio do KfW, para implementação de projetos voltados a conservação das florestas que, por meio de diversos órgãos, beneficiam milhares de produtores rurais, ribeirinhos, extrativistas e indígenas.